Quarto de Jean Victor

O quarto não é muito grande. O chão é acarpetado num tom vermelho escuro – sua cor favorita. Tinha uma cama encostada na parede e, do outro lado do quarto, sua cômoda. Do lado da porta, uma estante com vários potes, saquinhos e condimentos especiais – preferia guardar aqueles materiais em seu quarto. Nessa estante, bem no topo, uma plaquinha escrito “NÃO TOQUE” – e, também, um livro grosso. Do lado da estante, um mural com algumas fotos, artigos e outros papéis. Do lado da sua cama, um criado-mudo com uma foto de várias crianças – a única memória que tinha do orfanato onde viveu. Na beirada dessa foto, com as beiradas rasgadas, uma foto de três pessoas – um homem, um adolescente e uma mulher. Do lado da estante, um mural com algumas fotos, artigos e outros papéis. A parede do quarto era um amarelo bem claro, quase branco.

Arthur: *Bate na porta do quarto.* Jean, posso entrar?

Arthur: *Entra fechando a porta atrás de sí* Trouxe seus tempeiros, e ai ficou chateado com os comentarios lá embaixo? *Puxa uma cadeira e se senta.*

Arthur: Sério, tente não ligar. As pessoas não vão saber que é você mesmo, a Karla desenha em estilo mangá. *Coloca na mesinha* E ai, quer conversar sobre o novato ou não?

Arthur: Você dificilmente se irrita com alguém tão de cara... será que é porque ele te enfrenta? *Comenta pegando um cigarro no bolso.* Posso?

Arthur: *acende o cigarro, tragando lentamente enquanto escuta.* Bom... Pode ser isso, mas sabe que vão ter que conviver, então porque não ter um pouco de paciencia?

Arthur: *Expeliu a fumaça encarando o outro.* Acho que é por isso que as meninas gostaram tanto, ódio a primeira vista. E tem sempre o ditado "existe uma linha tenue entre o ódio e o amor." Não que eu acredite nisso, pra mim uma coisa é oposta a outra.

Arthur: Que você só vai descobrir o porque desse incomodo se se aproximar mais. Amigos perto, inimigos mais perto ainda. *Volta a tragar o cigarro olhando pela janela.*

*Sai de baixo da cama, caminhando suavemente até o Arthur. Pula no colo dele, levanta a cauda e senta. Ergue uma pata dianteira e começa a lambe-la para se limpar* "Me ame, humano."

Arthur: *Sente o felino pular suavemente no colo e automanticamente coça atrás de sua orelha.* Oi Yoshi, acordou agora? *Deixa o cigarro no canto da boca para fazer carinho no animal com as duas mãos.*

Arthur: Dizem que eles sentem as coisas, deve querer ficar perto de você por causa desse seu jeito irritadinho. Ainda não acustumou né? *fala com o gato agora, com uma voz um tanto idiota tipica de quem conversa com animais.*

*Se espreguiça conforme vai recebendo o carinho* "Isso vadia, mostra para o papai como se faz"

Arthur: Né, até as plantas acabam notando. *deita o gato de barriga para cima nas pernas e começa a acariciar sua barriga.*

*Recebe os carinhos. Após isso, desce do colo e vai até a cama do dono. Sobe no travesseiro, se ajeita, deita e dorme*

Arthur: *ri* Eles acabam dominando o quarto todo, mas são fofos. E ai, ainda quer jogar algo?